OLHARES SOBRE O RIO DA VIDA...

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

BÁLSAMO



Que o fulgor de uma estrela me leve,
Bem leve, num clarão celestial.
Que tudo se purifique,
Numa graça, me faça sentimental.

Que haja, perene, um fragor.
Que de cima, sofeje , num beijo suave,
A melodia que brota da flor.

Que a mente reflita sorrindo,
Na mais bela e clara cor.
Que sempre meus dedos tocando,
Como bálsamo, aliviem nossa dor.
(Nalig em 25/10/1994)

DEUS É BOM



Deus é bom!
Deus é maravilhosamente bom.
É inexplicavelmente bom.
É inacreditavelmente bom.
É fantasticamente bom.
É infinitamente bom.
É misteriosamente bom.
É estranhamente bom.
É misericordiosamente bom.
Deus é bom!
 
(Navlig – outubro/2002)
REVLOAS    (Revisão dos beneficiários da Lei Orgânica da Assistencia Social)

Meu Deus!
Quem  é essa multidão de mutilados,
Maltrapilhos,
Maltratados,
Machucados?

Quem são esses que adentram os previdenciários portais,
Carregados,
Violentados,
Marcados,
 Discriminados?

Meu Deus!
Quem foram aqueles que os convocaram e  os arrebanharam?
Não seriam tais senhores despudorados,
Insensibilizados,
Despreparados,
Não amados?

Óh, Meu Deus!
Fazei com que pela tua Graça, Misericórdia e Sabedoria,
E pela sensatez, labor e amor de alguns,
Todos, oprimidos e opressores, sejam resgatados,
Aliviados,
Confortados,
Beneficiados, 
Perdoados...
Amém!
                            (Navlig em Guanambi-Bahia, novembro/02 -  aos colegas previdenciários para reflexão em meio à convocação feita para recadastramento e revisão dos deficientes beneficiários do Benefício Assistencial.)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

RETRATAÇÃO

Perante mim  coloco-me serenamente nesta hora.
Com os olhos voltados para o existir...
Nas mãos carrego flores e pedras,
Colhidas no bosque do viver e sentir.

Imploro-me perdão:
Pelas iras, pela cegueira, pela apatia.
E, por só possuir, no monetário universo:
A certeza da noite, seguida do dia.

Antecipando-me ao Veredito,
Apresento também uma nobreza de fosco brilho.
Com pálidas ações, pequenas grandezas,
Que aliviando dores, fez-me, da humanidade, um pouco mais filho.

Nesta dicotômica estrada do ser e do ter em constantes conflitos.
Senhor do destino, ao meu Eu me proponho:
Sentença fundada na justa medida,
Declarando-me HOMEM, derribando meus mitos.

Navlig, Guanambi-Bahia em 08/11/1998

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Mão de Verso

LIBERDADE

Liberdade!
Nunca ainda que tarde.
Sempre em tempo de vida,
Quando sentes sabores.
Liberdade!
Nunca mais que tardia
Sempre em lutas valia,
Quando o amor dominava.

Liberdade!
Muito além das nuvens.
Mesmo que aquém das forças.
No mais distante caminho
Ou dentro do infinito coração.

Liberdade!
Que estejas sempre viva,
Em cada verso ou rima,
Forjado pelo calor da canção.
Liberdade!
Que sirvas sempre a todos,
Assim como o amor e o pão.
(Navlig, 22/11/1997)