OLHARES SOBRE O RIO DA VIDA...

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olhares sobre o rio da vida...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

RETRATAÇÃO

Perante mim  coloco-me serenamente nesta hora.
Com os olhos voltados para o existir...
Nas mãos carrego flores e pedras,
Colhidas no bosque do viver e sentir.

Imploro-me perdão:
Pelas iras, pela cegueira, pela apatia.
E, por só possuir, no monetário universo:
A certeza da noite, seguida do dia.

Antecipando-me ao Veredito,
Apresento também uma nobreza de fosco brilho.
Com pálidas ações, pequenas grandezas,
Que aliviando dores, fez-me, da humanidade, um pouco mais filho.

Nesta dicotômica estrada do ser e do ter em constantes conflitos.
Senhor do destino, ao meu Eu me proponho:
Sentença fundada na justa medida,
Declarando-me HOMEM, derribando meus mitos.

Navlig, Guanambi-Bahia em 08/11/1998

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Mão de Verso

LIBERDADE

Liberdade!
Nunca ainda que tarde.
Sempre em tempo de vida,
Quando sentes sabores.
Liberdade!
Nunca mais que tardia
Sempre em lutas valia,
Quando o amor dominava.

Liberdade!
Muito além das nuvens.
Mesmo que aquém das forças.
No mais distante caminho
Ou dentro do infinito coração.

Liberdade!
Que estejas sempre viva,
Em cada verso ou rima,
Forjado pelo calor da canção.
Liberdade!
Que sirvas sempre a todos,
Assim como o amor e o pão.
(Navlig, 22/11/1997)